quinta-feira, 27 de maio de 2010

agindo estranhamente.

Eu andava pelos corredores e pessoas aparentemente normais riam de coisas que eu jamais saberia, algumas poucas pessoas diziam: "Oi Bárbara" e eu nem sei ao certo quais eram os nomes delas, eu apenas tentava esboçar um sorriso sorrateiro. Eu me escondi em um lugar vazio mas ainda era possível ouvir risos histéricos e desnecessários dos alunos, eu procurei me concentrar em algo, então fiquei olhando o relógio, mas ele nunca me pareceu tão parado, eu não consegui me concentrar e desisti de ficar ali, fui ao banheiro onde garotas de 15 anos se maquiavam e falavam sobre a última revista que foi lançada, uma delas perguntou a minha idade, eu a olhei pelo espelho e minha voz quase não saiu, o peso da resposta me fez sair dali. Esperei o sinal tocar para enfim sentar-me e continuar quieta no meu canto de costume, terminando de assistir ao filme O fantasma da Opera, e isso não contribuiu em nada (embora eu tenha gostado muito). Após o termino do filme começou algum tipo de guerra de aviões de papel pela sala, um deles me acertou e caiu em minhas mãos, não pensei duas vezes em rasga-lo e o fiz jogando-o no chão, o dono do avião pergunta quem rasgou e eu respondo e ele me pergunta:
-Você não tem coração?
e eu lhe respondo:
-Não.
Algumas pessoas olham a cena com cara de quem sente pena, porém um tentar conversar comigo dizendo:
- Oi! como vai você? (sim, da mesma forma que o PC faz..)
eu digo:
-Oi. _mas não respondo a pergunta.
Este um tenta conversar novamente dizendo:
-Você está mais quieta do que o normal..
e eu respondo:
- Me desculpe, mas eu sempre fui assim.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A menina e a Janela. FIM

Após uma declaração como aquela a menina criou coragem em fechar seus olhos e dizer-lhe sobre um mundo incontavél, ela o levou até lá e os dois conseguiram entrar.
Um brilho ofuscante os haveria prendido para o mundo onde só o amor os poderia levar, e eles só sairiam de lá se o ódio habitasse o lugar, o que era impossível pois só os puros de coração conseguiam ali entrar. O lugar parecia totalmente novo : existiam estrelas durante o dia voando junto com os mais lindos pássaros, e ali radiano já não estava mais lá, ele havia cumprido sua missão junto com Pérola, havia dragões coloridos voando e soltando uma espécie de fogos coloridos, como se eles pudessem desenhar o lugar, o verde da grama era macio e não fazia as pernas se coçarem e era como se o mundo girasse rapidamente, eles sentiram um frio na barriga.. eles sentiram-se felizes, e eles saberiam que aquilo iria durar por um bom tempo.
E o fim de uma pequena Cronica pode ser imprevisivel quando não se possui mal algum, ela pode ser rápida, incompriensivel, e apaixonante ao mesmo tempo, ou a criadora já não consegue mais imaginar um fim melhor, por saber que isso é apenas uma cronica e que não é real e como ela queria estar naquele lugar. E que o final de uma história pode não agradar a muitos, pois sempre vão esperar por uma coisa melhor, ou por mais aventuras

quarta-feira, 12 de maio de 2010









Elephant gun *
Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Eu esconderia meus sonhos debaixo da terra
Assim como eu, nós bebemos à morte, e nós bebemos a noite
Longe de casa, com armas de caça
Vamos abatê-los um por um
Nós vamos derrubá-lo, ele não foi encontrado, não está por aí

Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos o grande Chefe

Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos o grande Chefe

E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através da noite, a noite toda, toda a noite

E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através do silêncio, tudo o que resta é tudo o que eu escondi

A menina e a janela/ voltando ao bosque

A menina não demorou muito para levantar naquela manhã de sexta, Radiano cantava uma música estupidamente alta, que era impossível não ser ouvida,( a não ser que você não fosse a menina..) ela vestiu seu casaco de lã e saiu de casa aos pulos calçando seu ténis com um livro e uma maçã em mãos, foi correndo ao bosque, nem ela sabia por que tanta presa, ainda eram 6 e meia da manhã, e o tempo estava frio, isso a deixava animada. Chegando lá sentou onde sempre se sentava abriu seu livro colocou o marca páginas, que era uma das borboletas de papel que saíram de sua janela no chão ao seu lado, ao coloca-la no chão ela começou a ler, e notou que uma borboleta estava girando em sua direção, como isso é possível? mas será que esse bosque também é mágico ou a menina que tinha certos poderes de imaginação fértil ou algo do tipo? mal ela pode ter uma resposta quando viu sua borboleta cair no chão e se transformar gradualmente em papel novamente e quando ela olhou para o lado lá estava o menino do bosque com um cachorro que mais lembrava um lobo (o preferido da menina) ela se encolheu com certo receio, e o menino se aproximava com uma folhinha na mão.. foi então que ela percebeu que além de ter uma mente perturbada, ela também estava ficando cada dia mais velha e esquecida, era sua folha, de seu livro predileto nas mãos de um menino no qual ela nem sabia o nome e que havia sonhado por noites, essa lembrança fez seu rosto corar, e com isso uma série de acontecimentos foi surgindo, sua mão tremia, sua pupila se dilatava, e seu coração pulava. O menino soltou o cão lobo e sentou ao seu lado, a menina se assustou, o menino lhe entregou a folha que faltava , suas mãos se tocaram por um breve instante, eles se olharam e o cachorro se chocou com os dois, isso fez a menina rir, e o menino a acompanhou, ele enfim se apresentou... seu sorisso era tão bonito, a menina ficava sem jeito ao olhar para ele, como se algo estivesse fora do normal, ele seria um vampiro como nos livros que ela andava lendo? mais é claro que não, ele nem tinha olhos caramelos.. na verdade ele tinha um olho preto e outro castanho escuro e ela gostava da forma que eles davam quando o menino do bosque sorria ... não sei se vocês notaram, mas nós já sabemos como isso vai acabar... é tão óbvio, e é tão fascinante ao mesmo tempo, ela havia encontrado aquilo que serviria como passaporte para o mundo mágico (de sua janela). O menino, era o passaporte, ele era pois trazia consigo o amor.Como duas pessoas sabem que se amam se só se viram duas vezes? sabe, a resposta é tão clara, eles não se viram apenas duas vezes... eles se viam todas as noites em seus sonhos.
Foram dias e noites com a janela brilhando com um arco-íris que se estalava ali como um visitante duradouro, nada mais se aparecia ali, a menina decidiu que deveria ir ao bosque, ela foi, e ela sabia que o menino do bosque estaria lá, e ela tinha razão... ele estava sentando vendo o sol nascer, como se estivesse esperando por ela, e estava. Ela se sentou ao lado dele, ele olhou para ela e deu um pequeno sorisso, e derrepente a abraçou, a menina ficou imóvel, mas ela ficou feliz, ela sentia as batidas do seu coração entrarem em sincronia com as do coração dele, ambos estavam batendo rapidamente, ele olhou em seus olhos e disse:
- Que bom te ver novamente.
Pegou um galho e escreveu: P.S: Eu te amo.
ela lhe abraçou e sussurrou de volta aquilo que ela dizia apenas em seus sonhos.
-Aonde você estava esse tempo todo?
e ele lhe respondeu:
- Em seus sonhos.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A menina e a Janela. Surpresa


A menina acordou em um dia em que ela não sabia que deixaria para trás o seu esquecimento, ela levantou e se dirigiu a um santuário, lá costuma ter um bosque com árvores de longo porte onde costumava ir para ler, mal sabia ela que por causa daquele lugar e por causa do que iria acontecer poderia lhe dar uma passagem através de sua janela, para o mundo mágico, onde corria as mais belas águas, e as mais belas flores. Ela se dirigiu para um canto bem escondido, atrás de uma árvore com tons avermelhados, passou um certo tempo lendo e de repente um menino que estava correndo tropeçou na menina, um acontecimento muito digno de um inicio de romance e muito cliché mas não foi o que ocorreu, na verdade era um menino , menino mesmo, tinha apenas 7 anos de idade e estava correndo de seu irmão, que esse sim será muito mencionado ao decorrer da história. A menina levantou com a ajuda do menino, o mais velho, olhou para as mãos dele, constrangida e logo olhou para o menor com um olhar de fúria, ele havia feito ela rasgar a pagina de seu livro favorito , a vontade que tinha era de enfiar as sementes que caiam da árvore pelo nariz do garoto, mas ela se recompôs, agradeceu ao mais velho e foi sentar-se em uma mesinha .
Todos sabemos que ambos ficaram curiosos um sobre o outro, porém nenhum deles teve a coragem de apresentar-se, foi dando a hora de voltar para casa que a menina levantou pegou seu livro e saiu, esquecendo- se da pagina rasgada em baixo da mesa. Chegando em casa encontrou em seu quarto a janela, que estava tão radiante, ela se aproximou com certo receio e la encontrou milhares de borboletas, seus olhos brilhavam e ela notou que as borboletas se aproximavam cada vez mais ate chegarem na ponta de seu nariz, e saiam varias borboletas de dentro de sua janela e quando saiam por completo viravam borboletas de papel, a menina ficou tão assustada que guardou todas as borboletas em uma caixa de vidro, vai que talvez elas voltassem a ser borboletas de verdade? e por que elas saíram da janela? tudo isso aconteceu pelo fato de seu coração estar pulsando muito rápido, e ela sentia como se estivesse com borboletas em sua barriga, isso nunca havia acontecido com ela, e isso perturbou ela.
Chegou a noite e ela ficou com medo de olhar em sua janela, vai que de repente sai estrelas dali, e deixou Pérola vendo-a descansar, a menina sonhou com o menino do bosque, mas como isso é possível? isso são coisas de histórinhas infantis, ela pensava que tudo aquilo tinha um porque, mas os dragões voltavam em sua memoria, e agora ela tinha mais medo ainda, agora que as coisas saiam de sua janela.












P.s: continua
P.s: foto da minha janela *-*

terça-feira, 4 de maio de 2010

A menina e a Janela.

Em um pequeno quarto, onde uma janela ocupava um grande espaço de uma parede ali morava uma menina, não tão menina assim, mas tinha pensamentos que a tornavam assim por sua imaginação, gostava de ter princípios, gostava de ler, tinha unhas coloridas, só por que era legal ser diferente, gostava de imaginar e ficar voando em suas próprias fantasias mas enquanto a dona da janela ia para o mundo ela tinha seus deveres a cumprir, ela trabalhava e estudava , porém o mundo ia até a sua janela..
Todos poderiam pensar que essa história é sobre a tal menina, mas não.. a historia é sobre a menina e sua janela.
Logo pela manhã quando a menina moça ia levantar para ir à escola ela via um menino que cresceu dentro de um sol, ele tinha os cabelos em chamas, sardas no rosto, e não aparentava ser lá tão feliz.. o sol menino se chamava Radiano o ruivo, na verdade ele não tinha nome, até a menina conhece-lo numa manhã e chama-lo assim em uma curiosa conversa que sempre era interrompida pelo despertador de atrasos, ela nunca soube lidar com horários, e nunca quis aprender também. Quando chegava ia logo ver as cores diferentes dos lugares mais inimagináveis, tudo era tão real que ela queria atravessar aquele mundo, e quando tentava pular a janela era em vão que o fazia , ela caia nas bicicletas que sempre ficam encostadas no muro de sua casa, então ela nunca mais tentou fazer nada que pudesse tocar o mágico. Seu rápido amigo menino sol sempre tentava lhe contar das coisas que via mais adiante onde seus olhos não podiam ver, ele lhe contava das cachoeiras de lirios, a agua era de um azul amarelado, que brilhava ao tocar o rio e tinha um cheiro de Lirios que ali rodeavam o lugar .
Quando a noite caia o amigo sol se despedia e chegava uma mulher misteriosa, que cresceu dentro da lua, ela não era diferente de nós mulheres desse mundo, ela também era cheia de fases como a lua , talvez seja por isso que ela não cresceu dentro do sol, ela não mostrava muita simpatia, a menina demorou muito para conseguir a confiança daquela que tinha os olhos cinzas e brilhante que chega fazia arrepiar seus braços, e que ela a chamava de Pérola, um nome que agradou a mulherlua .. contudo a menina pedia para ela lhe descrever o que ela não podia enxerga assim como fazia com o menino sol, ela descrevia a cachoeira, dizendo que os lírios descansavam e deixavam em seu lugar aquelas florzinhas que quando sobram voam ao vento, e no lugar do brilho da cachoeira caiam estrelas, pequeninas e saltitantes que quando chegavam as margens iam para o fundo do mar e viravam estrelas do mar das mais belas, porém ela disse a menina que quando essas estrelas ficavam perto de morrer elas saltavam para o céu para fazer companhia a ela, e com isso a menina aprendeu a amar as estrelas, como se fossem anjos do céu.
O interessante é que tudo que ocorria no tal mundo era influenciado pelo humor da menina, um dia ela chegou de seu trabalho e viu a janela escura, quando chegou mais perto encontrou pingos de chuva, mas não eram pingos comuns, as águas eram pretas, dando um aspecto de vazio, que era o que ela sentia,não encontrava Pérola nem Radiano e era como se tudo tivesse sumido da sua janela e apesar de tudo estar como ela queria, ela não tinha essência para sustentar coisas que ela costumava dizer que era de seu absoluto controle, ela não costumava procurar pelo controle de suas imaginações, ela nunca havia procurado para falar a verdade, sempre as coisas apareciam para ela como em um sonho,mas de repente ela percebeu que o que lhe faltava não era imaginar e o que ela não tinha controle era na verdade amar, era certo que o vazio que ela trazia era de seu coração, ela , a menina sem nome, sabia que poderia dar certo mas ela tinha muito medo, como se em sua janela aparecesse um dragão de sete cabeças e fosse arrancar de seu peito o seu pequeno e medroso coração, então ela deixou isso para lá, não quis pensar em amor ou em histórias perfeitas, afinal quem acredita nisso?
E no fundo todos sabemos que ela acreditava nisso.























P.S: Continua